Passar uns quantos dias (não só um fim de semana) isolada neste moinho.com, da Casa do Foral, com vista panorâmica para a Serra de Aire e Candeeiros. Já lhe pisquei o olho muitas vezes, mas a carteira (100€ por noite é o diabo), o tempo, a falta de internet lá em cima e a proximidade com a minha terra natal sempre me travaram. Mas caramba, gostava mesmo. Babem comigo.
Lembrei-me disto porque vi agora um desconto. Mas não chega...por isso se não tiverem aí campanhas de solidariedade para ajudar, podem sempre criar o movimento "Um Moinho para a Maria". Se cada pessoa que me lê mensalmente der 1€ já posso passar lá 20 minutos inteiros. 'Gradecida.
Ainda só lhe vejo a silhueta. O nevoeiro parece menos espesso, menos sufocante. Será sensação apenas? Espada em punho, lá vem ele. Virá de azul ou de verde? Terá perdido a máscara que compunha a armadura? Estará o escudo partido? Já ouço a multidão a aplaudir, a bradar aos céus de contentamento. Vai ficar tudo bem, D.Sebastião voltou. Hei-de dar-lhe uma palmadinha nas costas, dizer obrigada. Tanto tempo perdido e conseguiu regressar. Mais que isso: quis regressar. Há que explicar-lhe que farmácia já não se escreve com ph, arranjar um telemóvel ao homem: ó rapaz, qual é o tarifário mais barato agora? Tanta coisa mudou enquanto ele foi e veio. Será mesmo ele que emerge ali do nevoeiro?
Podem ser afinal só os olhos turvos de lágrimas que me iludem e me fazem ver coisas onde não estão. Pode não ser ainda o homem. Mas é definitivamente a esperança que aí vem.