Os homens e as colheres
Depois de apanhar o Moço a virar hambúrgueres com uma colher de chá, o meu pai entregou-me um chocolate quente com uma colher de sopa para mexer o açúcar.
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Depois de apanhar o Moço a virar hambúrgueres com uma colher de chá, o meu pai entregou-me um chocolate quente com uma colher de sopa para mexer o açúcar.
Sentimento à chegada:
Vai ser uma vergonha, porque é que me meti nisto? Com a mania de experimentar coisas diferentes e agora vamos falhar tudo, vai ser uma miséria. Em vez de sair da sala em uma hora vamos ficar bloqueados no primeiro cadeado e em vez de me sentir a Lara Croft, vou-me sentir a Lara Flop. Vou perguntar ao senhor se tem cláusula de confidencialidade, para garantir que não vai publicar no Facebook sobre aquele grupo que parecia uma formiguinha desorientada que se perdeu do carreiro e precisou de uma equipa de salvamento para sair de uma salita.
Sentimento durante o jogo:
(...) Nada. Uma pessoa começa a jogar, a ver pistas, a descobrir chaves e a mente não dá para mais nada, não pensa no tempo, não pensa se consegue: joga! Nunca se bloqueia por estamos a ser vistos e ouvidos pelo Game Master que assiste com algumas pistas via walkie-talkie dando ainda mais um ar de missão à coisa. É tão bom. Que se lixe a vergonha, estou-me a divertir.
Sentimento à saída:
SAÍMOS!! SOMOS OS MAIORES! SOMOS OS MAIORES! SOMOS OS MAIORES!
Fizemos um bom tempo!? A sério?! Podemos fazer já a outra sala de desafio?! Não? Então vamos subir o Marquês! Iuhuuuu!
Esta foi uma das experiências mais supreendentes que fiz com a Odisseias. Podem encontrá-la aqui - aconselho vivamente. Juntem uns quantos amigos e arrisquem. Passem um bocado diferente. Se não adorarem podem vir cá chamar-me nomes (e aposto que isso não vai acontecer). Eu gostei tanto que entretanto até já fui fazer mais um Escape Game. E hei-de voltar a esta Mistery Escape Game Lisbon para fazer o segundo mistério - fizemos o do Vinho do Porto (com direito a cálice no fim) e ainda ficou por fazer o dos Descobrimentos, que é de nível avançado.
As salas têm horário alargado (última entrada às 23h) e portanto essa desculpa não há. Também há em várias cidades (oferta ativa no Porto aqui e em Torres Vedras aqui) e existem várias outras salas de Escape em Lisboa (diz o Manel que se dão todos bem). E não deve estar a mentir que o Manel é fixe. Numa parte do jogo queixei-me da balança pré-histórica que fazia parte do cenário e desabafei que devíamos ter uma balança da Bimby. Ao que a voz do além (o Manel, através do walkie-talkie) responde: "muito caro".
Mude-se o foco das forças de investigação. A verdadeira ameaça dos dias de hoje não são os homens-bomba.
São as castanhas-bomba.
Eu que o diga. Uma conseguiu infiltrar-se em minha casa e quando menos esperava, ao retirá-la do forno, explodiu em cheio na minha cara. Estilhaços (de castanha) em todos os armários. Membros (de castanha) colados os meus braços e cabelo - e pestanas! Pensando melhor, até dentro dos olhos tinha castanha (true story). Um cenário de puro terror (vegetal).
Infelizmente, não fui melhor que muitos outros face à ameaça do desconhecido. Também eu caí na generalização. Tomei a ação da castanha como sendo de todas elas e vinguei-me nas compatriotas, devorando-as uma a uma, junto com o exército cá de casa. No conto geral, o humano venceu a castanha. Mas isso foi desta vez. Fiquem bem atentos a essas terroristas. Este Outono, dêem cabo de todas as que puderem.
PS.: As castanhas vieram da minha sogra...terá sido ela que as armadilhou?!...
P.S.2: Foram vocês que me rogaram uma praga porque disse que ia comer castanhas no Facebook?
P.S.3: Sim, eu sei porque rebentam as castanhas.
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