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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

02
Jan17

O dia em que me podiam ter cortado a goela.

Maria das Palavras

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"Vou só deixar a porta encostada um bocadinho". Quem já proferiu ou ouviu estas palavras?

 

Estava em casa, agora ao fim da tarde, e tocam à campainha. Cá mesmo à porta. Olho pelo buraquinho da porta e vejo a mochila. Assumo logo que é o neto do vizinho, até pela urgência do toque e abro a porta sem perguntar que ele pode precisar de qualquer coisa. Bem estúpida. É que podia não ser o neto do vizinha e ser uma drogada qualquer. 

 

E era mesmo. 

 

Vocês desculpem-me o termo usado assim: "uma drogada", ainda por cima "uma qualquer", mas ainda estou melindrada do episódio e de facto o aspeto indicava algo do género. Uma senhora encasacada, um pouco molhada, com ar acabado e lábios muito secos. A mochila que me enganou às costas.

Começa a lengalenga. Se lhe dou uma moeda. Que está muito doente e está a chover. Que vem ou vai para Tomar, sei lá, e o bilhete são dez euros. A ladaínha reconheço-a da gare dos Expressos, a mulher talvez também.

Eu com a porta só um pouco entreaberta a ouvi-la e a única coisa que consigo pensar é que raio de travadinha me deu para ter aberto a porta sem perguntar nada. Estou só a querer fechar a porta, arrependida e nem penso logo (ocorreu-me depois) que ela até podia ter mais caparro, ter uma navalha, que me podia ter feito mal, que podia ter-me entrado em casa. 


Tenho um ar consternado que não consigo evitar. Peço desculpa e digo que não posso [dar a moedinha] e vou fechando a porta quando ela me pergunta:

"Mora aqui sozinha?"

Era uma ameaça, mesmo que o tom fosse o mesmo da doentinha que pedia a moeda. Acho que foi aí, já de porta cerrada que me caiu a ficha e percebi o que tinha feito ao abrir a porta - o que tinha arriscado.

De repente, não me pareceu tão inocente que às vezes eu chegue a casa e a porta lá de baixo esteja aberta. De repente apetece-me esbofetear o vizinho, ou o carteiro ou o senhor das obras do primeiro andar que podem ter deixado a porta aberta.

 

Vocês que me lêem, podem por favor, nunca mais deixar a porta aberta só por um bocadinho? E já agora, não cometam o meu erro também. 

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02
Jan17

1 / 66 Dias sem Porcarias

Maria das Palavras

Escondi as gomas e os Ferrero Rocher que estavam em cima da bancada da cozinha desde o Natal (no armário das ferramentas). Pensei que talvez não fizesse mal comer só um de cada porque ontem não comi tantos como tinha planeado. Ninguém ia saber. Mas eu ia saber. Porra.

De resto ainda não houve grandes diferenças. Já passaram 14 horas de 1584 sem porcarias e ainda não arranquei nenhum cabelo. Melhor que o esperado.

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02
Jan17

Não precisam ler este post.

Maria das Palavras

Eu sei que não vos interessa, porque por entre os blogs e o Facebook pessoal toda a gente já fez os seus balanços do passado e declarou os seus desejos do futuro. Fartinhos disso devem andar vocês (e eu). Este é um texto que vocês não precisam de ler, mas eu preciso de escrever. 


Ontem foi um dia calmo, a dois. Demorá-mo-lo o mais que pudemos. Não quis ir ver o mar, nem o céu, ficámos só a ver o mundo um do outro. Não temos esta oportunidade muito frequentemente e talvez fosse o meu primeiro desejo do novo ano. Na minha cabeça não foi tudo tão tranquillo e senti a pressão de um dia que tinha de ser perfeito para lançar os outros 364. Sem ser supersticiosa ou acreditar em sinais, pedi ao Moço que expulsasse a mosca do quarto para não servir de mau agoiro a 2017. Quis ver filmes que não acabassem mal. Ainda assim, as coisas que me preocupam vieram ter comigo uma por uma. Não estavam de saída no ano velho. E passei o dia a aceitar que sabia isso e não faz mal.  A única coisa que espero de 2017, verdadeiramente, é que não seja pior que 2016, morram os famosos que morrerem. Se assim for, na próxima passagem de ano também bato com os tachos. 

 

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