O Natal mais silencioso de sempre.
A minha irmã apanhou uma faringite desgraçada este Natal e, em plena noite da consoada, mal falava e mal comia. A situação não é para rir, claro, mas (estando a situação controlada) foi impossível controlar o riso quando o meu pai a convencia que não fazia mal passar assim o Natal, que tinha a família junta, a casa enfeitada, a sorte de ter prendas para abrir. No fundo, queria consolá-la dizendo que mesmo sem cantar ou afinfar os dentes no bolo de bolacha que tinha pedido especialmente, o Natal que ela tanto gosta continuava a ser o Natal. Que mais poderia querer ela? Questionou.
E responde ela, em esforço, de forma muito sofrida, dizendo aquilo que dizemos mais ou menos da boca a toda a gente, mas ela queria mesmo:
- Saúde!