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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

12
Fev18

De Londres a Lisboa são 15 horas - Parte II

Maria das Palavras

(Primeira Parte aqui...)

 

Bonito. Estava super confiante no "vamos ver como apagar a luz do painel". Nisto, voltaram a andar com o avião para o estacionar. A tripulação começou a servir águas para a secura do pessoal, sendo que como continuavamos proibidos de nos levantarmos não terá sido a coisa mais esperta a fazer para uma série de bexigas. Fala o responsável novamente para dizer que as luzes se vão apagar por um bocado porque vão tentar ligar e desligar o sistema...portanto a solução informática. Parecem-me especialistas. 

 

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Neste ponto eu já só queria que continuássemos com a luz acesa. Queria regressar à minha terrinha e estava capaz de assinar um termo qualquer de responsabilidade a dizer que sim, fui eu que pedi para apagarem a tal da luzinha do painel e me sujeitava ao regresso sem resolução do que fosse que a tivesse acendido. 

 

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Só que ninguém me ofereceu essa saída. Ofereceram-me foi a porta do avião. Senti logo que estavam a acabar comigo de mansinho. Primeiro vai para ali, que no lounge do aeroporto estás mais confortável. Depois sim, a notícia que não ia dar entre nós. Estava esfomeada porque tinha saído à pressa do hotel sem tomar pequeno-almoço e não comi no aeroporto para ter fome para a comida do avião. Portanto, sem ter comido e enquanto esperava notícias corri a ir buscar comida. Quando regresso, estão a dar vouchers para quem quiser ir buscar comida à borla. Fixe. 

 

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Foi o tempo de acabar com a comida que PAGUEI para ter a tal notícia: o voo está cancelado. Disseram qualquer coisa como "agora vamos levar-vos à saída e vão remarcar o voo com a companhia" mas eu só ouvi "safem-se". Numa fila que avançava uma pessoa a cada 20 minutos, com 40 pessoas à frente (e mais umas 40 atrás) para remarcar voo liguei para a TAP. Ao fim de 23 minutos de espera alguém me resolveu o problema. Aceitei o voo no aeroporto do outro lado da cidade, pois claro, melhor que nada e saí da fila, para me meter num taxi onde deixei a herança que nunca tive para chegar só ao comboio que me levaria ao segundo aeroporto. 

 

Se acham que acabaram os problemas atentem nisto: tinha comprado algumas coisinhas no Duty Free do primeiro aeroporto. O que significa que tinha agora excesso de bagagem e...excesso de líquidos. Nada de perfumes, líquidos de gente pobre, mas não tanto que fosse deitar fora. Lá um inglês na fila da TAP que me chamou princess (tudo bem, já estava por tudo) me ajudou. Pediu à menina do guichet para me pôr a mala de mão no porão e sugeriu-me que trocasse umas coisas de forma a que os líquidos fossem para lá. Muito agradecida, escarrapachaei a mala ao pé deles, de onde saltaram logo as cuecas que tinham sido as últimas a entrar, seguidas de uma meia de dormir rota no dedão. Fiz as trocas e baldrocas, tendo de usar um segundo saco de desporto que tinha sido uma borla que hesitei em trazer do sítio onde tinha estado nos últimso dias (um saco feio e bambo, de ginástica). Fiquei com saco e mochilinha, onde tinha já os meus líquidos. Despachei a mala, onde tinha os líquidos em excesso das compras que tinha feito.

 

Heavy-Luggage.gif

 

Fui para a filinha dos tristes, onde verificam a bagagem, muito descansada - ou tanto quanto podia estar depois de tanta aventura. Só até me lembrar que o pack de SEIS vernizes que comprei também calha a ser o quê? Líquido! Lá fiz a ginástica número dois para os separar e encaixar na minha bolsa de higiente. Coube tudo, não sei bem como, nem quero olhar agora porque posso ter um desodorizante pintadinho de verniz vermelho. 

 

Agora aguardo. Não sem antes ter deambulado pelo aeroporto, fazendo compras de chocolatinhos e inutilidades para mim e para a família que me desgraçaram até ao fim do mês - sendo que é só dia 10 no momento que escrevo e tenho uma viagem (férias!) na última semana para me desgraçar ainda mais. Estou cansada, farta, despenteada, carregada. E continuo a achar que arriscava em ir com a luzinha do painel aceso. Mas a minha mãe não deixava.

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